15 novembro 2003



Terminado o tempo, o arrastar do tempo, o saber de onde veio o querer, levanto os braços e escarro para cima de uma planta qualquer. Não por revolta ou insatisfação, rebeldia prevista, publicada ou anunciada, só por simples vontade de ser o que sempre fui. Não aguentei os filhos de putas que me rodeiam. Quebrou-se a minha resistência, a minha verdadeira motivação. Só consigo encolher os ombros e ignorar os outros. Não deixei de querer o que sempre quis, não parei, só deixo que tudo ande, Deixo-me estar. Calmo. No meu recanto, sózinho. À espera da morte, rápida, silenciosa. Boa noite.

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